A queixa é comum e angustiante: “Doutora, eu não sinto mais nada”.
A resposta automática, muitas vezes, é investigar dosagens hormonais. Mas e se a solução não estiver apenas no sangue, mas na cartografia do próprio corpo? A menopausa não apaga as sensações; ela redesenha o território sensorial, exigindo um novo mapa para navegá-lo.
A queda hormonal é o gatilho, mas não a história completa. Ela desencadeia uma cascata de efeitos: a pele fica mais fina, as terminações nervosas perdem parte de sua eficiência e o cérebro, privado de estrogênio, recalibra sua sensibilidade. O resultado não é uma ausência de sensação, mas uma mudança na forma como ela é registrada e interpretada. O sinal não está mudo; está transmitindo em outro canal.
Imagine se mudar para uma nova cidade. No início, você não sabe onde fica o melhor café, o parque mais tranquilo ou a praça com o pôr do sol mais bonito. A cidade não é pior; você apenas não sabe onde procurar as belezas. Seu corpo na pós-menopausa é essa nova cidade. As fontes de prazer ainda existem, mas não estão mais nos endereços antigos. É preciso explorar para encontrar os novos pontos de interesse.
Como se Tornar Cartógrafa de Si Mesma
A jornada é de autoconhecimento ativo:
Referências citadas:
Bonnie Bainbridge Cohen, pioneira do Body-Mind Centering
Dr. Peter Levine, criador da Terapia Somatic Experiencing®
Especialista em neuroplasticidade aplicada ao corpo feminino, com mais de uma década de estudo e prática clínica, Cristiana criou uma abordagem que integra saúde hormonal, escuta somática e vitalidade sensorial.
Especialista em neuroplasticidade aplicada ao corpo feminino, com mais de uma década de estudo e prática clínica, Cristiana criou uma abordagem que integra saúde hormonal, escuta somática e vitalidade sensorial.