O modelo médico tradicional é excelente para tratar órgãos e doenças. Na menopausa, ele se volta para a vulva e a vagina: trata a atrofia, a secura, as infecções. Mas a experiência humana do prazer não reside apenas em um órgão; ela habita a complexa interação entre nervos, cérebro, emoções e contexto. Há um abismo entre tratar um tecido e cuidar de uma sensação.
A visão reducionista vê a vagina como um órgão isolado que precisa de lubrificação e estrogênio. A visão integral vê a pessoa que habita aquele corpo, com sua história, seus traumas, seus desejos e sua necessidade de conexão. A primeira pergunta é “o órgão está saudável?”. A segunda, mais profunda, é “a pessoa consegue sentir prazer?”.
A medicina convencional é especialista em consertar o hardware: troca a peça quebrada, lubrifica as engrenagens. Mas de que adianta um hardware impecável se o software (o sistema que processa as sensações) está desatualizado, cheio de bugs de ansiedade ou com os drivers de prazer corrompidos por anos de dor não tratada? É preciso uma especialidade que olhe para o sistema operacional como um todo.
Essa lacuna está sendo preenchida por:
Profissionais de Mindfulness: Ensinam a habitar o corpo e as sensações sem julgamento.
Fisioterapeutas Pélvicas: Trabalham a conexão mente-músculo, destensionando e reeducando.
Terapeutas Sexuais: Ajudam a reprogramar as respostas emocionais e comportamentais ao sexo.
Referências citadas:
Bessel van der Kolk, psiquiatra e autor do best-seller “O Corpo Guarda as Marcas”
Dra. Laurie Mintz, professora de psicologia e autora de “A Passionate Marriage”
Especialista em neuroplasticidade aplicada ao corpo feminino, com mais de uma década de estudo e prática clínica, Cristiana criou uma abordagem que integra saúde hormonal, escuta somática e vitalidade sensorial.
Especialista em neuroplasticidade aplicada ao corpo feminino, com mais de uma década de estudo e prática clínica, Cristiana criou uma abordagem que integra saúde hormonal, escuta somática e vitalidade sensorial.