Sexologia Somática e Neuroplasticidade Sensorial:
o que a medicina ainda não entrega na menopausa

a mulher que fez tudo certo — e ainda assim não sentia nada

Ela chegou até mim dizendo:

“Já fiz reposição hormonal, cuido da minha alimentação, voltei a treinar, faço ioga. Mas ainda sinto que meu corpo está apagado. Sem desejo, sem prazer. Parece que algo se perdeu e eu não sei onde buscar de volta.”

Essa é uma história comum — mas pouco falada.

Mulheres que, mesmo com o “checklist da menopausa” completo, continuam com o corpo em estado de silêncio.

Corpo regulado, mas não vivo.

Clínica resolvida, mas sem prazer.

O que está faltando?

A medicina dá muitas respostas importantes.

Ela regula o colapso hormonal.

Mas raramente fala de outro tipo de colapso:

O descompasso sensorial.

Durante a perimenopausa e a menopausa, o sistema nervoso muitas vezes entra em modo de proteção.

Para preservar o cérebro do excesso de estímulo, ele começa a cortar rotas sensoriais — rotas de toque, prazer, excitação e percepção fina da pele.

Resultado: você não sente.

Nem dor. Nem prazer. Nem energia.

Só um cansaço difuso. Um desconforto estranho. Uma ausência que vai se tornando a nova norma.

É aqui que entra a sexologia somática.

A sexologia somática é uma abordagem que une sexualidade, corpo e percepção.

Ela é baseada em ciência — mas aplicada no corpo, em práticas simples, concretas e respeitosas.

Ela considera:

Na prática, o trabalho envolve exercícios que acordam sensações adormecidas — de forma segura e precisa.

Neuroplasticidade aplicada à intimidade: o Método MPPV

Ao longo de mais de 10 anos de prática clínica e estudo, desenvolvi o Método MPPV — Mínimo Possível Positivo Viável.
Uma abordagem somática que respeita o tempo do corpo e ativa, de forma estratégica, novas conexões sensoriais.

A lógica é simples:

Tudo isso sem misticismo. Sem promessas mágicas.
Com corpo. Com contexto. Com direção.

Mas por que isso importa na menopausa?

Porque a menopausa não é só hormônio.
É corpo em transformação.
É cérebro em adaptação.
É sensorialidade sendo renegociada a cada dia.
E se você não ensina o corpo a sentir de novo, ele vai seguir funcionando — mas no modo mínimo.
No modo automático.
No modo sobrevivência.
Você pode viver assim.
Ou pode escolher reativar.

E como se trabalha isso, na prática?

Sexologia somática não é uma conversa solta, nem uma técnica avulsa.

É uma abordagem com método, com começo, meio e continuidade — respeitando o tempo do corpo e do sistema nervoso.

Por isso, o processo é construído em camadas, e começa de forma leve: com escuta, com observação sensorial, com práticas mínimas e neuroprotetivas.

Muitas vezes, o primeiro passo é uma sessão de orientação, onde a pessoa começa a identificar — com ajuda — o que está ativo, o que está adormecido, e o que pode ser reativado com segurança.

Mas nenhuma transformação real acontece em uma única sessão.

Na prática clínica, trabalhamos com planos estruturados, de três a dez encontros.

Cada caso é único. Mas todos os processos seguem o mesmo princípio:
Reeducar o sistema sensorial para sustentar boas sensações com autonomia e clareza.

É um protocolo que vai do TEP — Traço Erótico Principal da pessoa até a reativação sensorial da pele, do toque, do prazer, da intimidade.

E, mais importante:

Tudo isso com consentimento, sem forçar nada, e respeitando os limites do corpo real.

Conclusão: o que a medicina começa, o corpo pode completar

A medicina regula hormônios.

Mas não irá te ensinar a sentir sua nova pele, suas novas possibilidades de prazer.

Ele nasce dentro — quando o corpo sente que é seguro sentir de novo.

Se você sente que está tudo certo nos exames, mas tudo errado na pele…

Talvez seja hora de olhar por outro ângulo.

*Conteúdo educativo, integrativo e complementar. Não substitui acompanhamento médico.*

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