Quando a rotina íntima que funcionou por anos deixa de produzir resultado na menopausa, peri menopausa ou pós menopausa, a reação comum é tentar repetir mais vezes — e se culpar quando dá errado.
E quando não funciona, surge o ciclo mais perigoso: a culpa silenciosa.
“Será que sou eu?”
“Será que meu corpo parou de responder?”
“Será que isso é normal?”
Essas perguntas não são sinais de fraqueza.
São evidências de um corpo em transição.
Na menopausa, perimenopausa ou pós-menopausa, o mapa do prazer muda.
E não por escolha — mas por uma combinação real de fatores:
hormonais, neurológicos, emocionais e relacionais.
Não se trata de perda.
Se trata de reorganização.
De atualização das rotas sensoriais.
De criar novas entradas — onde antes bastava repetir o caminho já conhecido.
E isso pede pausa.
Pede presença.
Pede uma escuta mais fina — não a escuta genérica do corpo,
mas a escuta interna da mulher que você é hoje.
O que vem depois?
O passo seguinte não é uma lista de exercícios.
Não é um plano de metas.
É uma pergunta:
Está disposta a olhar com curiosidade para o que mudou?
Porque a mudança já aconteceu.
A diferença está em como você vai se posicionar diante dela.
Essa nova etapa pode ser um território de frustração silenciosa —
ou um espaço de reconexão.
Mas isso não se constrói com prática solta ou técnica aleatória.
Se constrói com orientação e metodologia.
É pra isso que eu ofereço a Sessão de Orientação.
Uma conversa individual, online, voltada pra esse momento da sua vida.
Referências bibliográficas
Merzenich, M.M., Thallal, P., Peterson, B., Miller, S. & Jenkins, W.M. (1999).
Neuronal Plasticity: Building a Bridge from the Laboratory to the Clinic. Berlim: Springer-Verlag, pp. 169–187.
➝ Referência clássica sobre a capacidade do cérebro adulto de reorganizar circuitos — inclusive após traumas ou períodos de inatividade sensorial.
Doidge, N. (2007). O cérebro que se transforma. Rio de Janeiro: Record.
➝ Ver capítulo 3: “Remodelando o cérebro” e nota 3 na p. 346 — uma introdução acessível e científica ao conceito de neuroplasticidade funcional e sensorial.
Kandel, E.R. (2006). In Search of Memory. Nova York: W.W. Norton & Co., p. 216.
➝ O neurocientista vencedor do Prêmio Nobel afirma a plasticidade contínua do córtex somatossensorial — desmistificando a ideia de que o cérebro “se cristaliza” com a idade.