O estímulo nunca foi tão importante quanto agora. Mas você precisa saber qual.

Na menopausa, perimenopausa ou pós-menopausa, muitas mulheres percebem que o corpo “não responde” como antes.

O toque que funcionava.
O beijo certo na hora certa.
O caminho previsível até o prazer.

De repente, nada disso parece fazer efeito.
E a resposta automática é insistir.

Mais intensidade.
Mais pressão.
Mais tempo.

Mas, ao contrário do que parece, esse “mais” pode ser exatamente o que desconecta ainda mais.

O que o corpo precisa não é quantidade de estímulo.
É clareza no estímulo.

E pra isso, é preciso reaprender a sentir.

O corpo não resiste por teimosia.

Ele se protege por segurança.

Quando os estímulos chegam de forma repetida, igual, ou intensa demais, o sistema nervoso entra em modo de economia.
É o que a neurociência chama de adaptação sensorial.

Mas no caso da menopausa, essa adaptação é mais sensível:
há alterações hormonais, mudanças na condução nervosa, variações no humor e no tônus.

E mais do que isso:
você mudou.

Seu corpo, seu tempo, seu ritmo, sua disponibilidade.

Não se trata de rejeitar o toque.
Mas de ainda não reconhecer o toque certo.

Estímulo é necessário, sim. Mas não qualquer estímulo.

O desejo, nessa fase, quase nunca é espontâneo.
Se você esperar por ele como antes, pode esperar por dias, semanas… e nada virá.

Mas quando você é estimulada do jeito certo — com respeito ao tempo, ao tipo de toque, ao ritmo que seu corpo atual precisa —, o desejo aparece.
Ele não some. Ele se reorganiza.

Por onde começar?

O primeiro passo é reconhecer que seu corpo está fechado por proteção, não por falha.
Ele se contrai porque não reconhece o estímulo como seguro, ou como relevante.
É por isso que mais do mesmo não funciona.

O caminho que eu proponho é sensorial —
mas não é aleatório, nem performático.

É uma metodologia viva, com linguagem clara, com ritmos, pausas, contrastes e qualidades que reabrem as portas da percepção.

São quatro tipos de toque.
Quatro estímulos.
Quatro posições.
Quatro qualidades.

Como uma sinfonia.
Não é Belchior o tempo todo.
Tem início, pausa, surpresa, repetição, e presença.

E quando isso é feito com consciência, o corpo volta a sentir.

Com mais potência do que antes.
Com menos medo.
Com mais liberdade.

Referências bibliográficas

  • Basson, R. (2001). Using a Different Model for Female Sexual Response to Address Women’s Problems. The Journal of Sex & Marital Therapy, 27(5), 395–403.
    ➝ Artigo seminal que propõe o modelo de desejo responsivo — em contraste com o modelo linear masculino —, especialmente útil na menopausa e pós-menopausa.

     

  • Levine, P.A. (1997). Waking the Tiger: Healing Trauma. Berkeley: North Atlantic Books.
    ➝ Traz fundamentos sobre o conceito de neuropercepção e segurança, explicando por que o corpo bloqueia sensações sob estresse e como elas podem ser reintegradas com estímulos adequados.

     

  • Porges, S.W. (2011). The Polyvagal Theory: Neurophysiological Foundations of Emotions, Attachment, Communication, and Self-regulation. New York: Norton.
    ➝ Explica o papel do sistema nervoso autônomo na modulação de sensações e no “fechamento” neurossensorial durante situações de estresse ou sobrecarga emocional.

     

  • Doidge, N. (2007). O cérebro que se transforma. Rio de Janeiro: Record.
    ➝ Capítulo sobre plasticidade em regiões ligadas ao prazer e à motivação — base para compreender por que estímulo repetitivo e sem contraste tende a “desligar” a resposta sensorial.

     

  • Fisher, H. (2004). Why We Love: The Nature and Chemistry of Romantic Love. New York: Henry Holt.
    ➝ Fala sobre sistemas cerebrais distintos para desejo, apego e excitação, e como eles interagem (ou se dissociam) ao longo da vida adulta e nos ciclos hormonais.

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Foto de Cristiana Bolli

Cristiana Bolli

Especialista em neuroplasticidade aplicada ao corpo feminino, com mais de uma década de estudo e prática clínica, Cristiana criou uma abordagem que integra saúde hormonal, escuta somática e vitalidade sensorial.

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