Na menopausa, no climatério e na pós menopausa, muitas mulheres relatam que o corpo parece mais distante do prazer. 

Muita gente confunde prazer com libido ou desejo.
Mas o prazer é outra coisa.

Desejo é impulso.
Libido é energia vital.
Prazer é percepção. É sensação. É autoconhecimento aplicado no corpo.

E o mais importante:
O prazer não exige esforço.

Você não precisa “conquistar” o prazer.
Ele é um direito humano. Algo nato — que estava no seu corpo antes de qualquer relação, antes de qualquer performance.

Na menopausa, o corpo muda.
E com ele, muda também a forma de sentir.

A rota que sempre funcionou pode deixar de responder.
As sensações que sempre foram prazerosas podem desaparecer — ou se tornarem neutras.

Isso não é falha.
Isso é neuroadaptação.

O corpo não esqueceu como sentir — ele só precisa reaprender.

E isso exige método.
Porque o prazer não aparece por mágica — mas também não depende de esforço.
O prazer se constrói.
E quando bem construído, ele se sustenta.

Na minha mentoria individual, eu trabalho com três fases essenciais:

  1. Desbloquear:
    Criar as condições para que o corpo volte a responder.
    Sem pressa. Sem cobrança. Com estratégia sensorial.

  2. Expandir:
    Ampliar a qualidade das sensações já percebidas.
    Explorar novas rotas de prazer — físicas e emocionais.

  3. Sustentar:
    Integrar essas descobertas no seu dia a dia.
    Com autonomia, clareza e segurança.

É um percurso real. Com base neurocientífica, sensorial e prática.
Não se trata de repetir estímulos — e sim de reorganizar o que o seu corpo é capaz de sentir.

O prazer não sumiu. Ele só não cabe mais nos moldes antigos.

Autoconhecimento sensorial não se improvisa.
Ele exige tempo, contexto e precisão.

Se o prazer parece ter desaparecido, pode ser simplesmente porque ele não cabe mais nas formas que você aprendeu até aqui.

Isso não significa o fim.
Significa a chance de começar de outro lugar — mais conectado, mais maduro, mais verdadeiro.

O prazer não é uma lembrança do passado.
Ele pode — e deve — ser atualizado no corpo que você tem hoje.

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A menopausa pode ser o início do capítulo mais consciente da sua vida íntima.

Referências bibliográficas

  • Nestler, E. (2003). Brain plasticity and drug addiction. Apresentação na conferência “Reprogramming the Human Brain”, Center for Brain Health, Universidade do Texas, Dallas – 11 de abril.
    ➝ Base para compreensão da plasticidade cerebral e da possibilidade de reprogramação das vias sensoriais e de prazer.
  • Doidge, N. (1990). Appetitive pleasure states: a biopsychoanalytical model of the pleasure threshold, mental representations and defense. In: Glick, R.A. & Bone, S. (orgs.) Pleasure Beyond the Pleasure Principle. New Haven: Yale University Press, pp. 138–173.
    ➝ Referência para os conceitos de prazer primário e prazer condicionado — e como esses circuitos se alteram nas fases de transição hormonal.
  • Doidge, N. (2007). O cérebro que se transforma. Rio de Janeiro: Record.
    ➝ Ver especialmente o capítulo 26 (p. 355), que aborda a deficiência do sistema apetitivo e o papel do sistema consumatório na experiência do prazer e do desejo.